segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MENSAGEM DO DIA - RECEITA DA VIDA

RECEITA DA VIDA........ INGREDIENTES

Família (é aqui que tudo começa)
Amigos (nunca deixe faltar)
Raiva (se existir que seja pouca)
Desespero (pra quê)
Paciência (a maior possível)
Lágrimas (enxugue todas)
Sorrisos (os mais variados)
Paz (em grande quantidade)
Perdão (á vontade)
Desafetos (se possível nenhum)
Esperança (não perca jamais)
(quanto maior melhor)
Amor (pode abusar)
Carinho (essencial) 

MODO DE PREPARAR 
 
Reúna a sua família e seus amigos....
Esqueça os momentos de raiva e desespero passados.
Se precisar use toda sua paciência....
Enxugue as lágrimas e as substitua por sorrisos..
Junte a paz e o perdão e ofereça os seus desafetos.
Deixe a esperança crescer no seu coração....
Nem sempre os ingredientes da vida são gostoso, por tanto saiba misturar todos os temperos que ela oferece, e faça dela um prato de raro sabor)....

Decidir por Cristo

“Não vos enganeis, meus irmãos muito amados” (Tg 1,16).

O inimigo sabe que tudo está em nossa vontade, somos nós que decidimos. Por isso decidiu minar nossa vontade e anular nossa capacidade de decisão. Muitos acabaram “indo na onda” dos outros e se afundaram.
Peça ao Senhor que fortaleça sua vontade. Abra o coração para que o Divino Espírito Santo lhe revele as concupiscências que pesam sobre você e faça esta oração.
Eu me decido por Ti, Senhor: pelos Teus caminhos e pelas Tuas leis. Eu me decido a não deixar que a concupiscência seja fecundada em mim. Dá-me, portanto, Senhor, força de vontade. Dá-me decisão.
Eu me decido a não pecar. Mesmo que eu sinta a força da concupiscência em mim, querendo me arrastar, eu não vou ceder.
Eu sou terra boa e não posso produzir maus frutos. Não posso produzir pecado em minha vida. Só as sementes de Deus podem florescer em mim.
Senhor Jesus, estou declarando: hoje te dou a vitória. Sei que cedi à tentação muitas vezes, e por isso, minha vontade se enfraqueceu. Peço: fortalece minha vontade. Dá-me a graça de não pecar.
Senhor, eu me decido por Ti!

Deus te abençoe

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

SANTO DO DIA

28 de Fevereiro

Santos Romão e Lupicino

http://www.santosdaigrejacatolica.com/arquivos/materias/9c0a92645a3982ea4cc321cc9e69bd6a.jpghttp://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/santos/bycod/000051.jpg

São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.
Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.
Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.
Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.
O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.

Santos Romão e Lupicino, rogai por nós!

LITURGIA DIARIA - SEGUNDA- FEIRA, 28/02/2011

Verde. 2ª-feira da 8ª Semana Tempo Comum

1ª Leitura - Eclo 17,20-28 (Gr 24-29)
Volta ao Altíssimo e conhece a justiça
e os juízos de Deus..
Leitura do Livro do Eclesiástico 17,20-28 (Gr 24-29)
20Aos arrependidos Deus concede o caminho de regresso,
e conforta aqueles que perderam a esperança,
e lhes dá a alegria da verdade.
21Volta ao Senhor e deixa os teus pecados,
22suplica em sua presença
e diminui as tuas ofensas.
23Volta ao Altíssimo, desvia-te da injustiça
e detesta firmemente a iniqüidade.
24Conhece a justiça e os juízos de Deus
e permanece constante no estado em que ele te colocou,
e na oração ao Deus altíssimo.
25Anda na companhia do povo santo,
com aqueles, que vivem e proclamam a glória de Deus.
26Nóo te demores no erro dos ímpios,
louva a Deus antes da morte;
o morto, como quem não existe, já nóo louva.
27Louva a Deus enquanto vives;
glorifica-o enquanto tens vida e saúde.
louva a Deus e glorifica-o nas suas misericórdias.
28Quão grande é a misericórdia do Senhor,
e o seu perdão para com todos aqueles
que a ele convertem!
Palavra do Senhor.

Salmo - Sl 31, 1-2. 5. 6. 7 (R. 11a)
R. Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

1Feliz o homem que foi perdoado *
e cuja falta já foi encoberta!
2Feliz o homem a quem o Senhor +
não olha mais como sendo culpado, *
e em cuja alma não há falsidade!R.
5Eu confessei, afinal, meu pecado, *
e minha falta vos fiz conhecer.
Disse: "Eu irei confessar meu pecado!" *
E perdoastes, Senhor, minha falta.R.
6Todo fiel pode, assim, invocar-vos, *
durante o tempo da angústia e aflição,
porque, ainda que irrompam as águas, *
não poderão atingi-lo jamais.R.
7Sois para mim proteção e refúgio; *
na minha angústia me haveis de salvar,
e envolvereis a minha alma no gozo *
da salvação que me vem só de vós.R.


Evangelho - Mc 10,17-27
Vende tudo o que tens e segue-me!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 10,17-27

Naquele tempo: 17
Quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo,ajoelhou-se diante dele, e perguntou:"Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?" 18Jesus disse: "Por que me chamas de bom?"Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos:não matarás; não cometerás adultério; não roubarás;não levantarás falso testemunho;não prejudicarás ninguém;honra teu pai e tua móe!" 20Ele respondeu: "Mestre, tudo issotenho observado desde a minha juventude". 21Jesus olhou para ele com amor, e disse:"Só uma coisa te falta:vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres,e terás um tesouro no céu.Depois vem e segue-me!" 22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatidoe foi embora cheio de tristeza,porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos:"Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!" 24Os discípulos se admiravam com estas palavras,mas ele disse de novo:"Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulhado que um rico entrar no Reino de Deus!" 26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso,e perguntavam uns aos outros:"Então, quem pode ser salvo?" 27Jesus olhou para eles e disse:"Para os homens isso é impossível, mas não para Deus.Para Deus tudo é possível".Palavra da Salvação.

Reflexão - Mc 10, 17-27
O evangelho de hoje nos apresenta, no caso do jovem rico, um grave erro que pode ocorrer na vida de todos nós no que diz respeito à questão da salvação e que se refere ao sujeito da salvação. Às vezes, a gente escuta que as pessoas devem esforçar-se para se salvarem e eu penso que eu devo conseguir me salvar. Ora, ninguém salva a si próprio. Eu não posso ser o meu salvador. Os discípulos perguntaram: "Quem então poderá salvar-se?" A resposta de Jesus é: "Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus, tudo é possível". Não podemos confiar a nossa salvação nem em nós mesmos, nem nos outros e nem nos bens materiais, pois nada ou ninguém, a não ser o próprio Deus, podem nos salvar.


Fonte: CNBB Liturgia

sábado, 26 de fevereiro de 2011

SANTO DO DIA

26 de Fevereiro

São Porfírio

http://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/santos/bycod/000049.jpg

Nascido do ano de 353 em Tessalônica da Macedônia, Porfírio foi muito bem formado pelos seus pais, numa busca de piedade e vontade de Deus. Com 25 anos foi para o Egito, onde viveu a austeridade. Depois, seguiu para a Palestina, vivendo como eremita por 5 anos. Devido a uma enfermidade seguiu para Jerusalém, onde se tratou.
São Porfírio percebia que faltava algo. Ele tinha herdado uma grande fortuna, e já tendo discípulos - que vendo a ele seguir a Cristo, também quiseram seguir nosso Senhor nos passos dele - ele ordenou que esses discípulos fossem para Tessalônica e vendessem todos os bens. Ele então, pôde dar tudo aos pobres.
Ele estava muito doente, mas através de uma visão, o Senhor o curou. Mais tarde, passou a trabalhar para ganhar o 'pão de cada dia', sempre confiando na Divina Providência.
O Patriarca de Jerusalém o ordenou sacerdote, e depois Bispo em Gaza, tendo grande influência politica e na religiosidade de todo o povo. Por meio do Espírito Santo e das autoridades, conseguiu que os templos pagãos fossem fechados, e os ídolos destruídos. Não para acabar com a religiosidade, mas para apontar a verdadeira religião: Nosso Senhor Jesus Cristo, único Senhor e Salvador.
Faleceu no século V, deixando-nos esse testemunho: nossa fé, nossa caridade, precisam ter uma ressonância dentro e fora da Igreja, para a glória de Deus e Salvação de todas as pessoas.

São Porfírio, rogai por nós!

LITURGIA DIARIA - SABADO, 26/02/2011


Verde. Sábado da 7ª Semana Tempo Comum


1ª Leitura - Eclo 17,1-13 (Gr.1-15)
Deus criou o homem, e o formou à sua imagem.
Leitura do Livro do Eclesiástico 17,1-13 (Gr.1-15)
1Da terra Deus criou o homem,
e o formou à sua imagem.
2E à terra o faz voltar novamente,
embora o tenha revestido de poder, semelhante ao seu.
3Concedeu-lhe dias contados e tempo determinado,
deu-lhe autoridade sobre tudo o que está sobre a terra.
4Em todo ser vivo infundiu o temor do homem,
fazendo-o dominar sobre as feras e os pássaros.
5Deu aos homens discernimento, língua, olhos, ouvidos,
e um coração para pensar;
encheu-os de inteligência e de sabedoria.
6Deu-lhes ainda a ciência do espírito,
encheu o seu coração de bom senso
e mostrou-lhes o bem e o mal.
7Infundiu o seu temor em seus corações,
mostrando-lhes as grandezas de suas obras.
8Concedeu-lhes que se gloriassem de suas maravilhas,
louvassem o seu Nome santo
e proclamassem as grandezas de suas obras.
9Concedeu-lhes ainda a instrução
e entregou-lhes por herança a lei da vida.
10Firmou com eles uma aliança eterna
e mostrou-lhes sua justiça e seus julgamentos.
11Seus olhos viram as grandezas da sua glória
e seus ouvidos ouviram a glória da sua voz.
Ele lhes disse: "Tomai cuidado com tudo o que é injusto!"
12E a cada um deu mandamentos em relação ao seu próximo.
13Os caminhos dos homens estão sempre diante do Senhor
e não podem ficar ocultos a seus olhos.
Palavra do Senhor.

Salmo - Sl 102, 13-14. 15-16. 17-18a (R. Cf. 17)
R. O amor do Senhor por quem o respeita,
é de sempre e para sempre

13Como um pai se compadece de seus filhos, *
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
14Porque sabe de que barro somos feitos, *
e se lembra que apenas somos pó.R.
15Os dias do homem se parecem com a erva, *
ela floresce como a flor dos verdes campos;
16mas apenas sopra o vento ela se esvai, *
já nem sabemos onde era o seu lugar.R.
17Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme *
é de sempre e perdura para sempre;
e também sua justiça se estende *
por gerações até os filhos de seus filhos,
18aaos que guardam fielmente sua Aliança.R.


Evangelho - Mc 10,13-16
Quem não receber o Reino de Deus como uma criança,
não entrará nele.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 10,13-16
Naquele tempo:
13Traziam crianças para que Jesus as tocasse.
Mas os discípulos as repreendiam.
14Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse:
"Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais,
porque o Reino de Deus é dos que são como elas.
15Em verdade vos digo:
quem não receber o Reino de Deus como uma criança,
não entrará nele."
16Ele abraçava as crianças
e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
Palavra da Salvação.

Reflexão - Mc 10, 13-16
O Reino de Deus é para aqueles que são como crianças. A criança é aquela que depende totalmente das outras pessoas e não tem nada a oferecer em troca daquilo que lhes dão. Assim devemos ser diante de Deus. Devemos ter plena consciência de que dependemos totalmente dele para que possamos entrar no Reino dos Céus e nada podemos oferecer em troca disso. A salvação nos é dada pelo amor gratuito de Deus e pelos méritos de Jesus Cristo. Ninguém pode se salvar. Jesus é o único salvador.Devemos, como as crianças diante dos adultos, colocar a nossa confiança em Deus, e viver em constante ação de graças porque ele, gratuitamente, nos salva.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O AMOR CONQUISTA TUDO

Dave era um garoto normal do Texas, que fazia o ensino médio, e gostava de mexer em carros. Ele tinha uma boa família cristã e cresceu aprendendo a ser fiel a Deus, à família e ao país. A garota que ele gostava na escola, Brenda, achava que ele era um pouco exagerado, quando um dia ele falou para ela no corredor do colégio que a amava. Ela deu um tapa na cara dele, pedindo para nunca mais repetir aquilo, a não ser que fosse de verdade.

Alguns anos depois, depois de ter passado mais tempo com ela – namorando com pureza, e mostrando que ele realmente se importava – Dave pediu Brenda em casamento. Ela disse sim, e pouco depois, estavam casados. Então, um dia chegou uma carta: Dave tinha sido chamado para servir no exército durante a guerra do Vietnam. Como não queria descumprir a ordem, e também não queria morrer, Dave escolheu a Marinha, imaginando que isso lhe traria mais segurança, por estar na água, ao invés de se meter em combate na selva. Logo ele descobriu que tinha sido selecionado para servir em uma unidade especial da Marinha, atuante em rios. Depois de um treinamento rigoroso de patrulhamento de rio, Dave teve uma folga de 10 dias para ir para casa. Ele aproveitou o tempo com Brenda, e no dia da partida para o Vietnam ele beijou Brenda e prometeu: “Bebê, eu vou voltar sem nenhuma cicatriz”. Mal sabia que a palavra “cicatriz” teria um novo significado para ele.

Ele voou para o Vietnam, onde serviu na linha de frente contra os vietcongues. Nos oito meses que se seguiram, Dave manteve sua fé. Ele foi treinado para se manter fiel aos homens com que servia, e a sua mulher, Brenda. Enquanto muitos outros soldados cediam e se entregavam a aventuras com drogas, pornografia, ou prostitutas, Dave manteve-se firme em seus votos. Ele estava apaixonado, e guardava todas as premiações para dar de presente a Brenda – dinheiro que ele guardava para ela, ao invés de gastar em atos frívolos de auto satisfação.

Faltando apenas uma semana para receber uma viagem paga ao Havaí para aproveitar com Brenda cinco dias de uma segunda lua de mel, durante um intenso tiroteio em 25 de julho de 1969, com os vietcongues bem próximos, a unidade de Dave sofreu uma emboscada. Seus colegas sobreviveram ao ataque, mas alguma coisa (uma bala ou um estilhaço) deixou uma pequena marca em sua bochecha. Dave tirou o pedaço de metal sem dificuldade, e agradeceu por estar vivo. Mas essa era uma pequena cicatriz. Seria o próximo dia que mudaria sua vida para sempre.

Era 26 de julho de 1969, perto da fronteira com o Camboja, quando a unidade de Dave subiu o rio para fazer o patrulhamento da mesma área onde tinha ocorrido o intenso combate do dia anterior. Enquanto o barco deslizava suavemente, tudo estava quieto. Dave sentiu que algo estava errado. Ele se abaixou e apanhou uma granada, puxou o pino, e preparou-se para atirá-la, pretendendo criar uma cortina de fumaça para encobrir seu barco.

Mas uma luz piscou como em um flash, e o mundo pareceu explodir. Um combatente tinha atirado em Dave, atingindo sua mão, e a granada, que estava apenas a centímetros de sua face. Ela explodiu.

Em um instante, o corpo de Dave estava pegando fogo; o lado direito de sua face estava destruído. Ele pulou na água e nadou até a margem, onde desmaiou, ainda em chamas. Ele foi resgatado por um helicóptero, e o médico chegou a pensar que ele estava morto. Mas ele resistiu, e foi levado até o Japão, e depois de um tempo de recuperação, foi mandado de volta a San Antonio, Texas.

O soldado na cama ao lado estava sem pele, queimado da cabeça aos pés. Dave ouviu a mulher dele chegar, e jogar a aliança aos pés dele. Ela disse que nunca mais poderia andar com ele na rua. E saiu. Enquanto Dave esperava por Brenda, ele temia o pior. Como poderia ele, um “monstro com a face deformada”, ficar com uma mulher linda como Brenda, muito menos continuar sendo o amor de sua vida?

Ali estava ele – apenas um resquício do homem que tinha beijado Brenda na despedida oito meses atrás. Tudo que ele podia fazer era esperar, e temer. Finalmente, Brenda chegou. Como não conseguia identificar Dave pela aparência, ela se aproximou de sua cama e conferiu o nome escrito no seu prontuário, e a etiqueta de identificação em seu pulso, para ter certeza que era ele. Então, ela se inclinou e o beijou... na face. “Eu quero que você saiba que eu te amo”, ela disse, enquanto olhava para ele, no olho do lado bom de sua face. “Bem vindo a casa, Dave”.

Brenda permaneceu o quanto foi permitido a ela naquele dia, e, através do seu amor, a esperança reacendeu no coração de Dave.

Dave começou a experimentar o amor de um modo que jamais tinha imaginado, desde quando tinha dito o seu “sim”, em 15 de julho de 1967. O “sim” de Brenda se tornou um compromisso diário. Ela realmente foi sincera em seus votos, e os manteve. O corpo de Dave permaneceu desfigurado, e Brenda permaneceu completamente fiel. Deus foi fiel a ambos, e agora, trinta e nove anos depois, Brenda e Dave ainda vivem um maravilhoso amor, com dois filhos, e alguns netos, o fruto duradouro de seu casamento fiel.


O casamento deles foi feito no céu, fortalecido durante a guerra, e para sempre marcado pelos votos fiéis de um amor que queima mais profundamente do que qualquer granada, e que fala mais alto do que qualquer cicatriz.


Traduzido e adaptado do livro “Teologia do Corpo para Jovens” (Theology of the Body for Teens, de Brian Butler, Jason Evert e Crystalina Evert, p. 119-120, Eed. Ascension Press, 2006)


MENSAGEM DO DIA - O PIANO

O PIANO


Desejando encorajar o progresso de seu jovem filho ao piano, uma mãe levou seu pequeno filho a um Concerto de Paderewski.
Depois de sentarem, a mãe viu uma amiga na platéia e foi até ela para saudá-la.
Tomando a oportunidade para explorar as maravilhas do teatro, o pequeno menino se levantou e eventualmente suas explorações o levaram a uma porta onde estava escrito:
“PROIBIDA A ENTRADA".
Quando as luzes abaixaram e o concerto estava prestes a começar, a mãe retornou ao seu lugar e descobriu que seu filho não estava lá.
De repente, as cortinas se abriram e as luzes caíram sobre um impressionante piano Steinway no centro do palco.
Horrorizada, a mãe viu seu filho sentado ao teclado, inocentemente catando as notas de "Cai, cai, balão".
Naquele momento, o grande mestre de piano fez sua entrada, rapidamente foi ao piano, e sussurrou no ouvido do menino:
-” Não pare, continue tocando”.
Então, debruçando, Paderewski estendeu sua mão esquerda e começou a preencher a parte do baixo.
Logo, colocou sua mão direita ao redor do menino e acrescentou um belo acompanhamento de melodia.
Juntos, o velho mestre e o jovem noviço transformaram uma situação embaraçosa em uma experiência maravilhosamente criativa.
O público estava perplexo.
Assim que as coisas são com Deus.
O que podemos conseguir por conta própria mal vale mencionar.
Fazemos o melhor possível, mas os resultados não são exatamente como uma música graciosamente fluida.
Mas, com as mãos do Mestre, as obras de nossas vidas verdadeiramente podem ser lindas.
Na próxima vez que você se determinar a realizar grandes feitos, ouça atentamente.
Você pode ouvir a voz do Mestre, sussurrando em seu ouvido:
- "Não pare, continue tocando".
Sinta seus braços amorosos ao seu redor.
Saiba que suas fortes mãos estão tocando o concerto de sua vida.
Lembre-se, Deus não chama aqueles que são equipados.
Ele equipa aqueles que são chamados.
E Ele sempre estará lá para amar e guiar você a grandes coisas.

SANTO DO DIA

25 de Fevereiro

Santa Valburga

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Santa Valburga nasceu no ano de 710. Era filha de São Ricardo, rei dos Saxões do Oeste. Santa Valburga tinha dois irmãos: o bispo Vilibaldo e o monge Vunibaldo. Durante uma peregrinação com seu pai, mãe e irmãos aos Lugares Santos, Santa Valburga retirou-se numa abadia. E foi ali que descobriu a beleza do chamado de Deus, consagrando-se inteiramente ao Senhor. Seu pai veio a falecer durante a viagem de volta dessa peregrinação.
Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres. Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos sobrinhos missionários.
Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde Vunibaldo havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto para um feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua mortificação, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros os mais famosos e procurados de toda a região.
Valburga se entregou a Deus de tal forma que os prodígios aconteciam com frequência. Os mais citados são: o de uma luz sobrenatural que envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as outras religiosas e o da cura da filha de um barão, depois de uma noite de orações ao seu lado.
Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos. Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto. Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da igreja onde o corpo foi colocado.
Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa Valburga. O seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido, porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que opera milagres.

Santa Valburga, rogai por nós!

LITURGIA DIARIA - SEXTA-FEIRA, 25/02/2011

Verde. 6ª-feira da 7ª Semana Tempo Comum


1ª Leitura - Eclo 6,5-17
Ao amigo fiel não há nada que se compare.
Leitura do Livro do Eclesiástico 6,5-17
5Uma palavra amena multiplica os amigos e acalma os inimigos;
uma língua afável multiplica as saudações.
6Sejam numerosos os que te saúdam,
mas teus conselheiros, um entre mil.
7Se queres adquirir um amigo, adquire-o na provação;
e não te apresses em confiar nele.
8Porque há amigo de ocasião,
que não persevera no dia da aflição.
9Há amigo que passa para a inimizade,
e que revela as desavenças para te envergonhar.
10Há amigo que é companheiro de mesa
e que não persevera no dia da necessidade.
11Quando fores bem sucedido, ele será como teu igual
e, sem cerimônia, dará ordens a teus criados.
12Mas, se fores humilhado, ele estará contra ti
e se esconderá da tua presença.
13Afasta-te dos teus inimigos
e toma cuidado com os amigos.
14Um amigo fiel é poderosa proteção:
quem o encontrou, encontrou um tesouro.
15Ao amigo fiel não há nada que se compare,
é um bem inestimável.
16Um amigo fiel é um bálsamo de vida;
os que temem o Senhor vão encontrá-lo.
17Quem teme o Senhor, conduz bem a sua amizade:
como ele é, tal será o seu amigo.
Palavra do Senhor.

Salmo - Sl 118, 12. 16. 18. 27. 34. 35 (R. 35a)
R. Guiai-me pela estrada do vosso ensinamento!

12Ó Senhor, vós sois bendito para sempre; *
os vossos mandamentos ensinai-me!R.
16Minha alegria é fazer vossa vontade; *
eu não posso esquecer vossa palavra.R.
18Abri meus olhos, e então contemplarei *
as maravilhas que encerra a vossa lei!R.
27Fazei-me conhecer vossos caminhos, *
e então meditarei vossos prodígios!R.
34Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei, *
e de todo o coração a guardarei.R.
35Guiai meus passos no caminho que traçastes, *
pois só nele encontrarei felicidade.R.


Evangelho - Mc 10,1-12
O que Deus uniu, o homem não separe!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 10,1-12
Naquele tempo:
1Jesus foi para o território da Judéia,
do outro lado do rio Jordão.
As multidões se reuniram de novo, em torno de Jesus.
E ele, como de costume, as ensinava.
2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus.
Para pô-lo à prova,
perguntaram se era permitido ao homem
divorciar-se de sua mulher.
3Jesus perguntou:
"O que Moisés vos ordenou?"
4Os fariseus responderam:
"Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio
e despedi-la".
5Jesus então disse:
"Foi por causa da dureza do vosso coração
que Moisés vos escreveu este mandamento.
6No entanto, desde o começo da criação,
Deus os fez homem e mulher.
7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe
e os dois serão uma só carne.
8Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!"
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente,
perguntas sobre o mesmo assunto.
11Jesus respondeu:
"Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra,
cometerá adultério contra a primeira.
12E se a mulher se divorciar de seu marido
e casar com outro, cometerá adultério."
Palavra da Salvação.

Reflexão - Mc 10, 1-12
A nossa vida é condicionada por leis que os homens fizeram, às quais nós devemos nos submeter para viver na legalidade. Porém, devemos ter consciência do fato de que, nem tudo o que é legal, é justo, no sentido pleno da palavra. Podemos citar alguns exemplos como a questão dos juros: é legal para o banco pagar menos de 1% ao mês para cadernetas de poupança e cobrar mais de 10% ao mês por empréstimos que realiza. É legal na sociedade brasileira o divórcio que, perante os olhos de Deus, não conduz o homem à justiça, mas sim ao pecado e à morte, pois desrespeita compromissos e direitos de cônjuges, filhos, da comunidade eclesial e da própria sociedade.

Fonte: CNBB Liturgia

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Guerra Cultural - Pe. Paulo Ricardo

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ORAÇÃO DO PADRE LÉO SCJ

PREPARAÇÃO PARA O MATRIMONIO

Dom Orani João Tempesta
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Uma das preocupações mais sérias nestes últimos tempos tem sido a importância da família. Cursos, preparações, preocupações, orientações sempre estão presentes em nossas paróquias. Os vários movimentos familiares procuram recuperar a vida conjugal e a unidade familiar. Muitas pessoas não veem a importância que existe no processo matrimonial, que, quando bem administrado, pode ser importante catequese. Nem sempre se vê esses atos jurídicos como oportunidade catequética e fundamental encontro com a própria vocação.
No dia 22 de janeiro, o Santo Padre, o Papa Bento XVI, pronunciou o seu consuetudinário discurso aos membros do Tribunal da Rota Romana (Colégio dos Prelados Auditores, Advogados e outros colaboradores) que, segundo a Constituição Apostólica “Pastor Bonus”, em seu número 126, tem como tarefa:
“Este Tribunal ordinariamente funciona como instância superior no grau de apelo junto da Sé Apostólica, para tutelar os direitos na Igreja; provê a unidade da jurisprudência e, mediante as próprias sentenças,  constitui uma ajuda aos Tribunais inferiores”.
No discurso deste ano, o Papa Bento XVI recorda, no âmbito do matrimônio, a necessidade de que se busque reforçar a formação para uma adequada preparação para o matrimônio.
O Código atual, que reflete a eclesiologia do Concílio Ecumênico Vaticano II, demonstra uma preocupação muito grande em relação ao matrimônio, logicamente não limitado ao ato da celebração (momento da prestação do consentimento), mas também se volta para a sua concreta preparação.
A crise que permeava tantos que haviam buscado o matrimônio cristão foi, durante o Concílio, objeto de preocupação e consequente estudo e aprofundamento, manifestando-se depois na vontade dos Padres conciliares a reflexão contida na Constituição pastoral Gaudim et spes (47-52). Temos também a importante Exortação apostólica pós-sinodal Familiaris consortio, promulgada pelo venerável João Paulo II. É preciso, em tal preparação, que os pastores se preocupem em esclarecer os noivos para que o matrimônio seja celebrado válida e licitamente.
Não pode haver contraposição entre o direito e a pastoral, eles caminham juntos e não podem ser vistos como instâncias distintas.
Para o Matrimônio, sacramento onde os cônjuges constituem uma comunidade de vida e para toda a vida, é preciso que se repense, para aprofundar, a preparação para o mesmo, que deve ser remota, próxima e imediata, como deixa perceber claramente no cân. 1063: “Os pastores de almas têm a obrigação de cuidar que a própria comunidade eclesial preste assistência aos fiéis, para que o estado matrimonial se mantenha no espírito cristão e progrida na perfeição. Essa assistência deve prestar-se, sobretudo:
  1. pela pregação, pela catequese apropriada aos menores, aos jovens e adultos, mesmo com o uso dos meios de comunicação social, com que sejam os fiéis instruídos sobre o sentido do matrimônio e o papel dos cônjuges e pais cristãos;
  2. com a preparação pessoal para contrair matrimônio, pela qual os noivos se disponham para a santidade e deveres do seu novo estado;
  3. com a frutuosa celebração litúrgica do matrimônio, pela qual se manifeste claramente que os cônjuges simbolizam o mistério da unidade e do amor fecundado entre Cristo e a Igreja, e dele participam;
  4. com o auxílio prestado aos casados para que, guardando e defendendo fielmente a aliança conjugal, cheguem a levar na família uma vida cada vez mais santa e plena”.
Numa perspectiva jurídica, em concomitância com a índole sempre pastoral do Direito, é de relevância inegável o cuidado em evitar a celebração do matrimônio com riscos de declaração de nulidade (vícios de consentimento), mas também de invalidade (impedimentos). Recorda-nos em seu discurso o Papa: “Jurídico não quer dizer formalista, como se fosse uma mera prática burocrática, consistindo em preencher um formulário tendo como base perguntas rituais. Trata-se, isso sim, de uma ocasião pastoral única – a de valorizar com toda a seriedade e atenção que se exige – na qual, por meio de um diálogo cheio de respeito e cordialidade, o pastor procura ajudar a pessoa a situar-se seriamente perante a verdade sobre si mesma e sobre a sua própria vocação humana e cristã para o matrimônio”
A investigação prévia, feita de forma apropriada e responsável, tende a assegurar a ausência de impedimentos e a manifestação de um consentimento autêntico e livre. Muitíssimos males poderão ser evitados caso esse aspecto não seja descuidado pelos párocos, mas assumido com seriedade. Dessa maneira, sem sombra de dúvida, o aspecto jurídico põe-se a serviço da preocupação pastoral: tem como objeto, portanto, não apenas uma celebração lícita e válida, mas especialmente a estabilidade da própria vida conjugal, para isso se deve observar com diligência e fidelidade o que prescrevem os cânn. 1066-1070, como normas seguras e prévias à própria celebração.
No sentido específico do serviço prestado a toda a Igreja pelo Tribunal da Rota Romana neste aspecto: “provê à unidade da jurisprudência e, mediante as próprias sentenças,  constitui uma ajuda aos Tribunais inferiores”, recorda o Romano Pontífice que alguns capítulos de nulidade, mormente o 1095, 2º (grave falta de discrição de juízo) e 1101, § 2 (simulação parcial), de modo concreto naquele da exclusão do bonum coniugum. Afirma o Papa: “é necessário ter um sério compromisso para que as decisões jurídicas reflitam a verdade sobre o matrimônio, a mesma que deve iluminar o momento da admissão às núpcias”.
Embora o Bispo seja sempre o juiz nato em sua diocese, temos os nossos Vigários Judiciais que, por nosso mandato, desempenham, sobretudo no Tribunal Eclesiástico, esse ministério da justiça a esses colaboradores, que fiéis e em íntima sintonia com o Santo Padre e com o Bispo Diocesano, supõe fidelidade a jurisprudência da Rota Romana, exercício da justiça com equidade. É importante também estudar o relatório enviado a cada ano ao Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica e/ou também os dados finais fornecidos ao Centro de Estatística da Igreja. Nas sentenças de declaração de nulidade e nos processos de declaração de invalidade é preciso deixar evidente que “Não existe, portanto, um matrimônio da vida e outro de direito: só há um matrimônio, que é constitucionalmente vínculo jurídico  real entre um homem e uma mulher, um vínculo sob o qual apoia-se a autêntica dinâmica conjugal da vida e do amor”.
Que sejam os párocos e vigários a preencher o Processo de Habilitação Matrimonial, exercendo o múnus próprio de preparar com dignidade nossos noivos para um autêntico matrimônio católico. É uma importante ocasião para uma educação sobre a vida matrimonial e a beleza da vocação que os noivos estão assumindo.
A família, centro da vida cristã, deve ser valorizada como centro de nossa ação pastoral. Que a Sagrada Família abençoe as nossas famílias!

FONTE: Arquidiocese do Rio de Janeiro/RJ

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA


“Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes” (Cl 2,12).

Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).

1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Batismo, quando, “tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo” iniciou para nós “a aventura jubilosa e exaltante do discípulo” (Homilia na Festa do Batismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010).

São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro (Batismo). O fato que na maioria dos casos o Batismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência “os mesmos sentimentos de Jesus Cristo”, é comunicada gratuitamente ao homem.

O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa “conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos” (Fl 3, 10- 11). O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.
Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar “mais abundantemente os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal” (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De fato, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Batismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8,).

Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo (Semelhante) ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Batismo como um ato decisivo para toda a sua existência.

2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é batizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.

O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição dos homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta “contra os dominadores deste mundo tenebroso” (Hb 6, 12), no qual o diabo é ativo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.

O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, “em particular, a um alto monte” (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça de Deus: “Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo (Encanto/Arroubo). Escutai-O” (v. 5).

É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor. O pedido de Jesus à Samaritana: “Dá-Me de beber” (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da “água a jorrar para a vida eterna” (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos “verdadeiros adoradores” capazes de rezar ao Pai “em espírito e verdade” (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, “enquanto não repousar em Deus”, segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.

O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: ”Tu crês no Filho do Homem?”. “Creio, Senhor” (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como “filho da luz”.

Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: “Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?” (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: “Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” (v. 27).

A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.

O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos “da água e do Espírito Santo”, e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos.

3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a “terra”, que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a “palavra da Cruz” manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus cáritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso “eu”, para descobrir alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia (Tenta corromper) a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez (Ambição/Cobiça) da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida.

Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: “Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...”. “Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...” (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para vivê-la quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo. A oração permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de fato, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que “as suas palavras não passarão” (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele “que ninguém nos poderá tirar” (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.

Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é “fazer-se conformes com a morte de Cristo” (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.

Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas ações. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.

Vaticano, 4 de Novembro de 2010
BENEDICTUS PP XVI

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